Biblioteca da Escola Básica de Arões - Santa Cristina
Agrupamento de Escolas de Fafe

19 janeiro 2010

Leitor do Trimestre

Ao longo do 1º Período, foram feitos vários empréstimos domiciliários, cujos dados já estão disponíveis na BE/CRE. A equipa da BE decidiu destacar e premiar os seguintes alunos: 1º Lugar Ana Castro, 6ºD, nº1 2ºLugar Carla Fernandes, 7ºA, nº8 3ºLugar Ana Soares, 5ºA, nº2

13 janeiro 2010

1.ª FASE DO CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

Conforme previsto, a 1.ª fase do concurso Nacional de Leitura realizou-se na BE/CRE da nossa escola, no passado dia 05 de Janeiro. Este evento teve como principal objectivo a promoção da leitura. A adesão por parte dos alunos foi significativa. No final da prova foi oferecido a cada aluno um Diploma de Participação.

Os vencedores:

  • Diana Castro Peixoto - 8ºC
  • Carla Daniela Oliveira Lopes - 9ºC
  • Carla Patrícia Costa Fernandes - 7ºA

Os Suplentes :

  • Pedro Miguel Costa Azevedo - 9ºB
  • Florbela Jesus Castro Peixoto - 8ºA

11 janeiro 2010

Efemérides do mês de Janeiro

Janeiro é o mês de…
  • Dia o1: Dia Mundial da Paz
  • Dia 23: Dia Mundial da Liberdade
  • Dia 27: Dia Internacional em memória das vítimas de Holocausto

08 janeiro 2010

Uma história de Ano Novo

Quando Danni foi à sinagoga com o pai, na véspera do Ano Novo, viu que todos estavam de pé e rezavam. Observou tudo com cuidado e escutou os cânticos a várias vozes. Depois do ofício religioso ter terminado, Danni disse ao pai: — Pai, vai para casa e deixa-me ir até à praia. Tenho de dizer algo de muito importante ao mar. É um segredo. O pai concordou de imediato, porque sabia o quanto Danni gostava do mar, e que o filho falava às ondas na sua própria língua. Tinha aprendido a fazê-lo, porque passava os dias à beira-mar, a ouvir o rebentar das ondas. Já conseguia distinguir entre o mar agitado e o mar calmo, entre o mar zangado e o mar feliz. Danni tinha aprendido a estranha linguagem que a água falava quando galgava a areia da praia, e sabia o que ela dizia. Tendo obtido autorização do pai, correu para a praia. Não havia lá ninguém, porque estavam todos em casa a preparar o Ano Novo.... Danni ficou muito quieto e os seus lábios moviam-se devagar como numa prece. — Ó mar, meu querido mar — murmurou. — Traz, por favor, muitas crianças nas tuas ondas. Trá-las de terras para além do horizonte. É tudo o que te peço. Foi só isto que Danni disse. De repente, viu uma bela senhora a seu lado. Usava um vestido da cor do azul do céu, que lhe caía até aos pés. A princípio, Danni ficou muito surpreendido. Porém, quando viu a cara radiante da senhora, deixou de ter medo. Foi ter com ela e perguntou-lhe: — Quem é a senhora e de onde vem? — Talvez não te diga quem sou — respondeu a senhora, cuja voz soava como o murmúrio das ondas suaves num dia alegre de Verão. — Vim porque ouvi a tua prece e desejo tornar o teu sonho realidade. Agora, diz-me o que vês, meu filho. Tirou o manto azul e cobriu a superfície das ondas com ele, de forma que Danni não visse a diferença entre a cor do seu manto e a cor das ondas, já que ambos pareciam ficar da cor do azul do céu. Pouco a pouco, a desconhecida cobriu totalmente as ondas. Em seguida, pegou nos quatro cantos do manto e, maravilha das maravilhas, fez aparecer um pequeno barco a remos, que se aproximava da praia. O barco balouçava no mar como se fosse uma concha, e dentro dele estavam cinco crianças. Eram magras, estavam cheias de frio e descalças, e a água salgada escorria das suas roupas. Era óbvio que tinham naufragado, ou talvez tivessem apenas soltado as amarras que prendiam o barco ao cais onde ancoravam. Tinham, sem dúvida, remado sem parar, até chegarem ali. Danni observou-as enquanto saíam do barco, a tremer de frio, pois o sol tinha-se já posto. Agarravam-se umas às outras, com medo, e choravam amargamente. Olharam para Danni, que lhes devolveu o olhar, mas não trocaram nenhuma palavra. O menino não conseguia falar, porque tinha o coração cheio de compaixão. Receava que, se falasse, desatasse a chorar. As crianças continuavam em silêncio. Estavam cansadas das suas andanças, e tinham medo de serem expulsas da praia. De repente, a voz suave da desconhecida fez-se ouvir. Doce, terna e maternal: — Venham, meus filhos, não tenham medo. Este é o Danni, um amigo vosso. Foi ele que pediu que vocês viessem até aqui. Tem muitos amigos que estão também à vossa espera. Venham conhecê-los. Devagar, as crianças aproximaram-se de Danni. Depois, uma delas sussurrou: — Olá, Danni. Passámos momentos horríveis e estamos muito cansados. Mas chegámos, finalmente. Danni respondeu: — Venham comigo, por favor. Os meus pais estão à vossa espera, numa casa cheia de amigos. Hoje é um feriado especial. Venham daí. Partiram juntos. As crianças ainda tinham dificuldade de caminhar, mas iam avançando cada vez com mais segurança. Danni pegou na mão da mais pequena de todas, que estava muito magrinha e triste. À medida que passavam pelas casas, ouviam gargalhadas e canções que lhes chegavam através das janelas abertas. Todos se preparavam para o Rosh Hashana, ou seja, o Ano Novo judaico. Quando chegaram a casa de Danni, a mãe dele abriu a porta e puderam ver as salas todas iluminadas. A mesa estava coberta com uma toalha branca, as velas estavam acesas e inúmeras iguarias cobriam a mesa. — Mãe, chegaram — anunciou Danni com simplicidade. — Óptimo — respondeu a mãe. — Finalmente! Temos estado à vossa espera desde sempre, meninos. Sentem-se e comam à vontade. Colocou as crianças em redor da mesa, e estas comeram até à saciedade. Enquanto estavam ocupados a festejar, Danni olhou lá para fora. Parecia-lhe ver a senhora vestida de azul a caminho da montanha e anjos sagrados a virem ao seu encontro, cantando Abençoado sejas, Ano Novo, abençoado sejas…Então, Danni soube que a desconhecida que atendera as suas preces era a fada do Ano Novo, que tinha vindo visitá-lo.

Levin Kipnis Gan-Gani Let us play in Israel Tel-Aviv, N. Tversky Publishing House, 1966 Tradução e adaptação

07 janeiro 2010

Sugestão de Leitura

«Ele nunca tinha sido assaltado. Quer dizer, chegarem dois guedelhudos à beira dele com uma pistola aperrada ou com uma faca de ponta e mola a reluzir e a dizerem "passa para cá o dinheiro, ou morres", nunca tal lhe sucedera. Lembra-se, e nunca na vida há-de esquecer, que um dia acordou no meio de um palheiro sem um tostãozinho no bolso. Mas issso foi uma ocasião em que teve a companhia de uma mulher ladina. Mas essa é outra história que um dia o Senhor Cruz há-de contar. Ali estava ele sentado na pedra, com a navalha aberta, quando ouviu a trás de si grande restolhada. Era gente que ali vinha a descer bastante apressada. Algo se passava para não terem escolhido o caminho, que sempre era bem melhor de percorrer do que andar aos tropeções por entre o matagal. Pelo barulho que faziam, deduziu que eram duas pessoas.» Assim nos conta António Mota na página 57 do seu livro "O Agosto que nunca esqueci". É esta a sugestão de leitura para esta semana. 168 páginas de uma éstória que conta várias estórias, no estilo leve e descontraído, mas ao mesmo tempo profundo, de António Mota.
Disponível da tua biblioteca.