Biblioteca da Escola Básica de Arões - Santa Cristina
Agrupamento de Escolas de Fafe

19 maio 2011

Gosto de ler, porque...

 A patir de hoje, vamos partilhar com todos vós uma série de testemunhos de leitores e leitoras assíduas, daqueles que gostam de ler e que o fazem por puro prazer. Colocámos várias perguntas: Quando se tornou num leitor assíduo? Qual foi o livro que despertou essa sede de leitura (ou os livros)? Por que gosta de ler?
Aqui fica o primeiro testemunho.

«Não me recordo exactamente de quando me apaixonei pela leitura. Possivelmente foi mesmo antes de aprender a ler…  O meu percurso enquanto leitora foi o de muitos da minha geração: na infância a Anita, as BD da Disney (ainda em Português do Brasil), depois Os Cinco, Os Sete, As Gémeas no Colégio de Santa Clara… Mais tarde as leituras de obras para Língua Portuguesa: Menina e Moça, Amor de Perdição (que «devorei» em cerca de dois dias), Os Maias, entre outros – gostei de os ler a todos.
Creio que o primeiro livro que li espontaneamente e me prendeu de imediato foi Capitães da Areia, de Jorge Amado, há mais de vinte anos. O que mais me cativou foi o realismo da acção e das personagens, aliado à mestria da linguagem do autor. Ainda hoje me sinto atraída por obras de carácter mais realista. Daí gostar tanto dos romances de Rosa Lobato de Faria, por exemplo, que estão recheados de personagens do dia-a-dia, cujas vivências e sentimentos poderiam perfeitamente ser os nossos. Por outro lado, também gosto muito da fantasia e da magia da saga Harry Potter, provavelmente porque teimo em não deixar crescer por completo a tal criança que há em mim (em nós), lição que aprendi com outra leitura marcante (O Principezinho) – que releio frequentemente e nunca me cansa.
Sou, sempre fui, uma leitora assídua (embora com fases mais intensas que outras) e sou igualmente uma defensora do direito inalienável do leitor de começar a ler um livro e não o terminar. Pois se «Um livro é um amigo», não nos tornamos amigos à primeira vista de todas as pessoas que conhecemos e isso aplica-se aos livros; se não nos cativa este, devemos tentar outro e outro, porque entre tanta literatura é impossível que não exista pelo menos um que nos convide a essa amizade.»

Professora Teresa Rodrigues

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